quinta-feira, 9 de abril de 2009

foto: Giovanna
Sobre o Amor (o que todo casal deveria ler)
Por mis qu o poder e o dinheiro tenha conquistado
uma ótima posição no randing das virtudes, o
AMOR ainda lidera c folga.
Tudo o que todos querem é AMAR.
Encontrar alguém que faça bater forte o coração
e justifique loucuras. Que nos faça entrar em transe,
cair de quatro, babar na gravata.
Que nos faça revirar os olhos, rir à toa, cantarolar
dentro do onibus lotado.
Tem algum médico ai??
Depois que acaba esta paixão retumbante,
sobra o que? O AMOR.
Mas não o "amor" mistificado, que muitos
julgam ter o pode de fazer levitar.
O que sobra é o Amor que todos conhecemos,
o sentimento que temos por mãe, pai, irmão,
filho. É tudo o mesmo AMOR, só que entre
amantes existe sexo.
Não existem vários tipos de AMOR, assim como
não existem três tipos de saudades, quatro e ódio,
seis espécies de inveja. O AMOR é único, como
qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares,
ao conjugue ou a Deus.
A diferença é que, como entre marido e mulher
não há laços de sangue, a sedução tem que ser
ininterrupta. Por não haver nenhuma garantia de
durabilidade, qualquer alteração no tom de voz
nos fragiliza, e de cobrança em cobrança acabamos
por sepultar uma relação que poderia ser eterna.
Casara. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas
insustentáve. O sucesso de um casamento exige
mais do que declarações românticas. Entre duas
pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem
que haver muito mais do que AMOR, e às vezes
nem necessita de um AMOR tão intenso.
É preciso que haja, antes de mais nada, RESPEITO.
Agressões zero. Disposição para ouvir argumentos
alheios. Alguma paciência.
AMOR, só, não basta.
Não pode haver competição. Nem comparações.
Tem que ter jogo de cintura para acatar regras que
não foram previamente combinadas. Tem que haver
bom humor para enfrentar imprevistos, acessos de
carência, infantilidades. Tem que saber levar.
Amar, só, é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado
para enfrentar tensões pre-menstruais, rejeições,
demissões inesperadas, contas pra pagr. Tem que ter
disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ser bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.
Entre casais que se unem visando a longevidade do
matrimônio tem que haver um pouco de silêncio,
amigos de infancia, vida própria, um tempo para cada um.
Tem que haver confiança. Uma certa camaradagem, às
vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou.
É preciso entender que união não significa, necessariamente,
fusão. E que AMAR, "solamente", não basta. Entre
homens e mulheres que acham que o AMOR é só poesia,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade.
Tem que saber que o AMOR pode ser bom, pode durar
para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.
O AMOR é grande mas não é dois.
É preciso convocar uma turma e sentimentos para
amparar esse AMOR que carrega o ônus da onipotência.
O AMOR até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.
Um bom AMOR aos que já tem!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!
Arthur da Távola
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