
Chegou o momento, que eu queria que nunca tivesse chegado...
de te reencontrar...
achei que isso não iria acontecer...
Nos meses que se passaram - 4 meses, em países diferentes
cada um estava... eu sobrecarregada com meus estudos,
pesquisas e você, com seu trabalho e sua família...
Voltei ao meu país (de moradia) era epoca de
Copa do Mundo - 2002 - Japão
e tudo acontecia ao contrário...
logo te vi... no primeiros dias...bem distante...
e como foi difícil atravessar aquele corredor
e deixar você do outro lado da porta....
Queria esconder-me...
(mas no teu abraço...)
queria ouvir tua voz, procurava pelo
teu sorriso....
pela tua presença...
e ia embora, porque tinha medo,
queria fugir....
e assim, foi dificil manter essa
sensação de não querer... eu tinha que
me controlar... e disse pra mim...
to bem, se ele aparecer, vai ficar
tudo bem... vou ficar na minha...
como se nada estivesse acontecido...
mas parece que tudo saia ao contrário...
Num determinado dia, nos vimos
quase cara a cara, so trocamos olhares
e eu fugi... procurei um esconderijo...
estava quieta no meu canto...
quero estar tranquila...segura, confiante
e pensava ter todas as respostas na
ponta da língua, quando te encontrasse.
Grande engano, quando fiquei cara a cara
contigo, tremi... fiquei muda, vermelha, roxa
você sentou do meu lado, o jogo todo...
nem me pergunte como foi o jogo...
nem sei que time era que tava jogando...
quis sair correndo.... a todo instante,
mas parece que meu corpo havia colado
na cadeira....
só respondia frases curtas...
tanto que ele perguntou se eu havia esquecido
o japones e poderia falar comigo em inglês...
e continuei, dayobo, tudo bem, sim....
queria ir embora...
quando o jogo acabou, levantei e fui logo dizendo
obrigada pela companhia, mas preciso ir...
e já ia saindo...
e ele respondeu...
eu vou com você, me espera...
tenho bastante novidades pra você e sei que
você também tem bastante novidades...
foi logo me perguntando se eu havia trazido
alguma lembrança do Brasil pra ele...
fiquei pensativa e disse que estava na minha
mala e depois eu entregava...
Saimos... e ele foi muito gentil... amigo acima de tudo
com certeza percebeu que eu estava aflita, nervosa,
indecisa, inquieta, trêmula.... sei lá...
sentamos numa das escadas do estádio e ficamos
horas, conversando, rindo... de suas piadas
tão sem graça...e todos gritando com o novo jogo que
tava em andamento, estádio lotado....
foi um momento único de descontração
dos dois lados, acho que
precisavamos disso...
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