
O verdadeiro amor é aquele que resiste ao tempo, sobrevive às dúvidas, emerge do medo e aprende a dominá-lo.
Amar é dar-se sem pensar, é sonhar o dia todo acordado e dormir sem nunca adormecer, é galgar distâncias com agilidade e destreza, é vigiar sem sair de casa, é escolher livros e programar surpresas, namorar o telefone à espera que ele toque, acordar depois de duas horas de sono com a cara de bébé, sentir que somos invencíveis e que a perfeição está tão perto e é tão fácil que a morte já podia chegar, sem termos medo de perder a vida.
O verdadeiro amor é absoluto, indestrutível, inflexível na sua essência e tolerante na sua vivência, discreto, sóbrio, contido, reservado, escondido, recatado, amadurecido, desejado, incondicional, amargurado, sagrado, sobressaltado.
O verdadeiro amor é delicado, bom ouvinte, cúmplice, fiel sem ser servil, atento sem se impor, carinhoso sem cobrar, atencioso sem sufocar e muito, muito cuidadoso para nunca se perder, se estragar, se esquecer ou desvirtuar.
O segredo está no tempero, na moderação, nas palavras que nunca se chegam a dizer, nas conversas perdidas à beira do rio, no olhar que fica no ar, no tempo que é preciso dar para que cresça, amadureça e deixe de meter medo.
O segredo está no tempero, na moderação, nas palavras que nunca se chegam a dizer, nas conversas perdidas à beira do rio, no olhar que fica no ar, no tempo que é preciso dar para que cresça, amadureça e deixe de meter medo.
É preciso dar tempo ao amor, um tempo sem tempo, sem datas nem prazos, sem exigências nem queixas, porque o amor leva o tempo que for preciso.
(Texto de Margarida Rebelo Pinto, in as crónicas de Margarida)
(Texto de Margarida Rebelo Pinto, in as crónicas de Margarida)
não trocaria nenhuma letra do que foi dito sobre o verdadeiro amor.
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