quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

De repente...

foto: Tetsu San (atraídos)

de repente... parei e fiz um relato...
de repente, ninguém sabe que nessas horas meus pensamentos
estão direcionados a ti e te dou forma para uma vida de sonho.

de repente, uma saudade vinha ao meu encontro,
alguma coisa mais forte batia sobre o meu peito,
um pulsar incompreensível, procurando encontrar
palavras para expressar o que está escondido dentro de mim
e essa alguma coisa maior foi se aprofundando...
deixei o silêncio e o tempo acontecer e nesse silêncio
compreendi entre tantas coisas que EU TE GOSTO, MUITO,
por mais que eu queira fugir...

de repente eu te descobri em meio à olhares dispersivos,
era algo indescritível,
o meu sorriso se alegrava,
meu coração galopava,
meu corpo tremia,
cada vez que por mim passava ou olhava...
confesso que eu não queria acreditar que isso estava
acontecendo,
as reações que estava sentindo...
andava ao contrário do que tinha
ditado como regra básica... não me apaixonar NUNCA
por um homem compromissado, por algum motivo...
parecia um sonho, talvez um pesadelo,
uma fantasia...
mas junto também vinha uma dose de medo, ansiedade
e receio...mas a vida diária é tecida de pequenas coisas
e num rápido piscar de olhos, nesse tocar sem querer
foi que eu te descobri...
nesse momento, achava que a sensação de vir a gostar
ou de me envolver com você era algo fora dos meus planos,
dos meus desejos, a sensação de que tudo se entrelaçava
entre meus sentimentos e que a paz eternizava meus desejos,
enganei-me.

de repente... lá estava eu sentindo meu coração bater mais forte,
e eu me perdi pelo espaço e me entreguei aos seus encantos, aos
seus abraços, aos seus beijos, aos seus carinhos que tão bem me
fazem...

Houve um silêncio, e os meus pensamentos procuravam motivos...
ia de encontro a perguntar, mas sem obter respostas... muitos motivos,
mas sem justificação...
ocorreu o fato até de te evitar, se esconder... mas existia o receio
de te perder...
como era difícil explicar pra você, quais eram os meus motivos,
meus medos, uma série de obstáculos, que faziam parte de nós
e estavamos tão envolvidos, que não viamos nada a nossa frente...

eu queria ser livre para amar você,
queria que você fosse livre para me amar,
sem limites, sem tempo, sem espaço, sem hora,
sem compromisso...
fazer parte do seu EU sem ter que dar explicações à
quem quer que seja.

há momentos que me escondo, busco uma fuga...
mas sinto falta de você, dos teus abraços,
dos teus beijos...
o brilho do seu olhar, o tocar de seus dedos em meus cabelos...
e tudo isso me impede de estar mais presente em você,
me reprime, quando eu queria estar com você,
por um momento...
e sem poder alcançá-lo...livremente...

Como tem sido dificil compreender esse sentimento,
como tem sido libertar meus pensamentos de verdades
absolutas que abraçam o meu ser...
como dialogar com meu coração o que se vai em meu
pensamento, quando as palavras travam diante de mim...
enfim, como me expressar... se eu mesmo coloco
barreiras ...
me sinto fora de órbita, incapaz de raciocinar,
sem opiniões, sem acertos... e assim vou deixando
esse sentimento ter forma, espaço, estrutura...
Estive refletindo ... que o sentimento humano é algo
estranho, até engraçado, não basta sentí-lo, não basta aquele
aperto no estomago, um nó na garganta, mas é preciso que ele
saia, que a gente grite, que chore, que fale alto ou que escreva
como tenho feito...
porque toda essa ansiedade me deprime, me machuca...
e não chego a nenhum acerto comigo mesma, nenhuma
conclusão... somente sinto que essa relação vem crescendo,
tomando forma, às vezes temo esse sentimento forte...
achava que nunca iria acontecer comigo, que não iria
sentir esse disparar...
e quando dei por mim, estava envolvida...
o que sinto por você é algo superior ao meu entendimento...
um amor sem explicação, sem cobranças, um sentimento gostoso,
ardente e forte e proibido também...
que se você pedir detalhes, não saberia nem mesmo em
palavras decifra-las...
Só sei o que sinto é bonito, é amor e não paixão....
Só sei que te amo....

.... continua ... Gi em um momento - julho 2003

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